Paulo “PC” Crepaldi – Fala ouvintes do Via Oral, sejam bem-vindos a mais um episódio, e hoje eu estou aqui com especialista em psicologia em pré e perinatal, mãe de duas crianças, terapeuta holística materno-infantil. Hoje eu vou conversar sobre a relação, entre a dificuldade e sono das crianças, e as memórias intrauterinas com a Olivia Tani. Olivia Tani, seja bem-vinda ao Via Oral.
Olivia Tani – Bom dia, muito obrigada pelo convite. Agradeço esse espaço e vamos lá, como que vai ser, como que a gente pode entrar nesse assunto da maternidade.
Paulo “PC” Crepaldi – Isso. Olha, tem muita pergunta. Eu também que sou pai de duas crianças, então assim, vai ser também uma terapia para mim aqui além dos meus ouvintes aqui, Olivia Tani. Mas vamos começar com o básico. Muita gente tem, se pergunta, o que que é uma terapeuta holística materno-infantil? Vamos começar por aí para explicar para as pessoas o que que é esse teu papel. Olivia Tani – Certo. Uma terapeuta holística é a profissional que atua cuidando do ser humano por completo. Em que sentido? A palavra holística vem do grego Olo, que significa o todo, completo. Então a gente cuida do ser humano por completo. Em que aspecto? Além do corpo físico, as partes que são invisíveis. Então a parte da mente, as emoções e a alma também. Então uma terapeuta holística materno-infantil é uma profissional que vai olhar para essa relação entre mãe e filhos de forma completa. Além do que está na superfície. Paulo “PC” Crepaldi – E, Olivia Tani, só pra gente entender, então, por exemplo, hoje uma pessoa te procura por quais motivos? Até para as pessoas entenderem quando que eu devo procurar uma terapeuta holística materno-infantil. Olivia Tani – Na verdade pode ser para qualquer questão, desde dificuldades comportamentais, quanto sintomas físicos, até doenças, transtornos. Na verdade, o papel da terapeuta holística não é de atuar no lugar dos outros profissionais que atuam, por exemplo, os profissionais de Saúde, né, trabalhando ou cuidando do corpo físico, mas sim de forma complementar pra cuidar dos demais pilares, das demais camadas que são as invisíveis. Que a gente normalmente negligência por achar que pelo problema estar fisicamente manifestado, que a gente tem que cuidar ali do corpo físico. Mas não, tudo o que qualquer ser humano, independentemente da idade, está manifestando, ele tem uma causa que está invisível, que está inconsciente. Então tem a parte mental, emocional e espiritual atuando também em qualquer dificuldade. Então no caso de bebês e crianças, por exemplo, pode ser desde a dificuldade no sono, por exemplo, como no cuidado de doenças, de síndromes, de transtornos, enfim, pra tudo. Paulo “PC” Crepaldi – Uhum. E quando a gente fala pré e perinatal eu entendo que isso parte do princípio até antes mesmo de ter a criança, né, Olivia Tani. Está certo isso? Ou seja, esse cuidado começa no momento que a mulher descobre sua gravidez e até depois, é isso? Olivia Tani – Isso. Esse termo pré e perinatal ele corresponde ao período desde a concepção, quando a gente fala assim, ah, a mulher tem que fazer o pré-natal, né, então é antes do nascimento. E o perinatal é após o nascimento, nos primeiros dezoito a vinte e quatro meses após o nascimento que corresponde essa área de estudo. Então a Psicologia Pré e Perinatal ela estuda o ser humano já considerando o ser humano como um ser completo, desde o momento da concepção. Então idealmente, quando a mulher já está grávida, aliás, idealmente mesmo seria antes de engravidar, mas quando está grávida e ela já está passando por dificuldades emocionais ou de sintomas físicos na gestação, ela já poderia buscar ajuda. Aliás, eu diria que é o momento mais importante da vida do filho para essa mãe buscar ajuda. Paulo “PC” Crepaldi – E, é isso que a gente quer discutir agora. Já vamos entrar nesse papo começando com a questão do sono. Eu vou dar um exemplo meu. Eu não tinha ideia Olivia Tani de que o sono tinha um impacto no humor. E eu descobri isso quando eu tive o meu primeiro filho, e realmente aqueles primeiros meses que você está tentando adaptar o teu filho, adaptar uma rotina, criar uma rotina de sono, que horas vai dormir, como é que faz pra dormir, qual que é o jeito, ou seja, você está naquela loucura toda, obviamente os pais dormem, os cuidadores dormem pouco, porque estão tentando aprender. E foi aí que eu descobri que eu sou uma pessoa mal-humorada. Porque realmente no outro dia eu estava insuportável. Mas porque eu não entendia, porque pra mim eu falava, não, insônia não vai me impactar, eu estou acostumado. Quando eu era adolescente eu ia para a balada, varava a madrugada, acordava no outro dia de manhã e estava tudo legal. Mas é diferente. Há um desgaste não só físico, como psicológico, diferente do que eu imaginava. E eu queria começar por aí. A gente está se discutindo muito, se você olhar aí tem muita coisa falando sobre qualidade de sono. Eu queria começar por aí, você me contar um pouquinho disso Olivia Tani. Olivia Tani – Bom, o sono para todo ser humano é fundamental. E ele afeta de diversas formas, assim como você falou, no humor. Mas também se você perceber um adulto que tem uma qualidade de sono ruim, ou seja, não tem um sono de qualidade, tem prejuízos na capacidade de concentração, na capacidade de aprendizagem, você vai para o trabalho, além de cansado, você não consegue produzir, focar, você não consegue... Vamos supor que você estuda à noite, você não consegue absorver porque o seu cérebro ele não está funcionando ali, performando, porque não teve o descanso reparador. Fora isso ele tem prejuízos na saúde, acaba prejudicando a imunidade, se você fica longos períodos sem dormir é natural que a sua saúde vá gritar e você vai começar a ter algum sintoma físico quando passa esse período. Às vezes você tem um trabalho para entregar, você vara várias noites, ali você está aguentando o tranco, mas depois que entrega normalmente o seu corpo vai trazer algum sinal físico., algum sintoma. Então cai com uma gripe forte, por exemplo, começa com outros sintomas. Então ele tem prejuízos de diversas formas no funcionamento em geral. Porém quando isso acontece em um bebezinho, recém-nascido ou em uma criança, imagina que aquele cérebro ele está se desenvolvendo numa velocidade altíssima, e ele está construindo literalmente a forma como o cérebro vai performar ao longo da vida. Então quando o sono não é reparador nos primeiros meses de vida, enfim, nos primeiros anos da infância, isso vai ter um prejuízo a longo prazo. Na verdade a curto, médio e longo prazo. Por isso que o sono ele deveria ser algo priorizado desde o momento que a criança já nasce. E é essa dificuldade com o sono infantil que é a maior dor de toda mãe e de todo o pai que acompanha. Porque as vezes o pai está lá dormindo, a mãe está lá cuidando, mas tem pais que participam também e aí percebem, como no seu caso, que é difícil ficar sem dormir. Paulo “PC” Crepaldi – Extremamente difícil. E eu queria falar disso. Você comentou muito também do impacto também dessa relação com a memória intrauterina. O que que é isso? Então, tem impacto também, por exemplo, durante esse período, esse pré-natal, a questão do sono, da qualidade, do bem-estar no bebê, é isso? Olivia Tani – Isso. Eu vou explicar então um pouquinho pra vocês entenderem, talvez isso seja algo muito diferente do que a gente ouve falar por aí. Mas não afeta só o sono do bebê como afeta o sono da criança, do adolescente e do adulto também. Então como que a gente pode imaginar? Que durante a gestação tem ali um corpo físico sendo formado, mas que quando o bebê nasce ele não nasce oco, com o cérebro vazio, certo? É um cérebro funcional, tanto é que se não tivesse funcional o bebê não sobreviveria depois que nasce, certo? Mas acontece que a gente se esquece que a partir de duas células que se encontram forma-se um ser humano completo, incluindo o cérebro, incluindo o coração, incluindo todos os órgãos. E incluindo também a parte mental e emocional. Então quando o bebê nasce ele, através de cada comportamento, cada dificuldade, então falando mais especificamente do sono, a forma como esse bebê consegue ou não dormir um sono de qualidade está diretamente relacionada as experiências que ele viveu na gestação e na forma como aconteceu o nascimento. Porque quando o bebê nasce ele não nasce assim com o cérebro genérico assim, todos os bebês nascem com o mesmo cérebro. No sentido de que cada cérebro ou cada ser humano traz dentro de si todas as experiências que ele viveu junto com a sua mãe durante a gestação. Então nesse sentido é um ser único, porque não existem duas gestantes que vão passar ali vinte e quatro horas, nove meses exatamente sentindo a mesma coisa ou vivendo as mesmas experiências. Então, o cérebro ele já vem funcional. Se durante a gestação houve períodos de estresse, grande estresse, se houve episódios que foram traumáticos para aquela mãe, se houve dificuldade na saúde, algum risco de vida, então tudo aquilo que a gestante ela foi sentindo e vivendo foi estruturando a forma como o cérebro se desenvolve também. E os primeiros órgãos que começam a se formar são o coração e o cérebro. Então a partir disso a forma como o cérebro principalmente vai se estruturar já está sendo moldado a partir do que essa mãe está vivendo emocionalmente. Então quando o bebê nasce, como ele já traz toda a bagagem do que ele viveu, é um cérebro que vai funcionar de forma funcional para o sono, sabendo descansar, ou vai ser um cérebro, por exemplo, hiper vigilante, em alerta, que não consegue relaxar, que tem o sono muito picado, agitado, terror noturno. Você deve ter vivido isso, é um bebê que dorme e os pais fazem de tudo para não fazer um barulhinho, mas a mãe se afasta ele está com a anteninha ligada. Porque durante a gestação certamente houve situações onde essa mãe se sentiu insegura, preocupada, nervosa, o que é natural da gente sentir. Mas infelizmente chega até o bebê também. Paulo “PC” Crepaldi – Você falou da questão do sono reparador, né. Como que a gente estabelece isso? Porque a criança não fala, é uma outra grande dificuldade de tudo, da criação de uma criança. Ela não fala, você não sabe, você tem que tentar adivinhar, perceber pelo comportamento, pela linguagem corporal, pela tonalidade de um choro. Agora, como é que você sabe? O que é um sono reparador para as pessoas que estão nos ouvindo entender assim, poxa, como eu sei se meu filho está tendo esse sono reparador, não está tendo esse sono reparador? Eu preciso prestar mais atenção? Olivia Tani – O sono reparador em bebês e crianças... Então, o sono reparador em bebês e crianças é um sono onde a criança ela, você percebe que ela está imóvel, na maioria do tempo, na maior parte do tempo e principalmente assim, se tem barulhos no ambiente e tal a criança ela não vai despertar com uma peninha que caiu. Ou se ela está no ambiente, os pais se afastaram, ela continua segura ali, sem despertar, e quando acorda principalmente ela não está naquele mau humor, irritabilidade que a gente percebe num adulto que não descansou bem à noite. Então ela rende bem durante o dia também. É natural que um bebê, conforme a época de desenvolvimento dela, ela tenha um sono picado no sentido de que faz o ciclo, dá uma acordada, mas volta a dormir. Agora, o sono disfuncional é um sono onde você percebe que o bebê ou a criança não está profundamente relaxada, que é justamente a mãe sai de perto, desperta, acorda. Ou se mexe muito. Ou parece que ela está tendo pesadelos. Ela está dormindo, mas ela está fazendo uns barulhinhos, você vê pelo olho que ela parece que está revivendo alguma emoção. Ou tem o terror noturno, acorda chorando, não consegue ficar longe da mãe ou do pai de forma alguma. Então se torna um sono, já que a criança não está segura. Paulo “PC” Crepaldi – Você estava me falando aqui estava me vindo um monte de coisa de experiência minha, escutando outros pais, mães, sobre as experiências deles, não tem também às vezes um pouquinho do próprio pai ou mãe que é inseguro por si? Então tem medo de deixar o bebê sozinho e isso acaba acostumando. Como é que, onde que está esse limiar, até de você entender? Porque eu fico me perguntando também isso, será que é o bebê ou será que é o pai ou a mãe que está inseguro? Ou é primeiro filho e a gente fica inseguro mesmo? Olivia Tani – Sim, na verdade tem várias, várias coisas atuando ao mesmo tempo. E isso que você falou atua sim e influencia muito. Porque o bebê ele está, mesmo após o nascimento ainda, em simbiose emocional com a mãe. Então tudo o que a mãe sente o bebê sente em tempo real. Tem até estudos que mostram como o cérebro do bebê funciona do mesmo jeito que a mãe está ali reagindo. E tanto, a mesma coisa com o campo cardíaco, o que a mãe sente, o bebê também sente em tempo real. E o que, a forma como o pai no caso está lidando com toda aquela situação da mulher que está no puerpério, do bebê que está chegando, vai impactá-la e através do que essa mãe sente o bebê sente em conjunto. Então se é um pai, por exemplo, que não passa segurança para a mãe, a mãe fica insegura, o bebê fica inseguro também. Aí o pai está inseguro, aí fica aquela bola de neve. Então por isso que é tão importante na verdade cuidar da mãe no puerpério, não só no puerpério, mas no puerpério principalmente, que é a jornada mais difícil ali da mulher. Porque ela continua ainda fornecendo tudo o que ela é para esse filho, apesar desse filho não estar dentro dela. Mas se nutre do corpo dela, certo, do leite dele, e continua ainda recebendo as influências emocionais dessa mulher. Então ela precisa de suporte da família, por isso que se fala tanto na rede de apoio, porque ela realmente precisa estar protegida de estresse desnecessário porque todo esse estresse vai se tornar experiência do filho também. Paulo “PC” Crepaldi – Agora Olivia Tani, para a gente até entender, hoje quais são as maiores reclamações, o que suas pacientes, suas mães elas chegam relatando para você, até para a gente conectar com coisas que acontecem na real com a gente assim? Quais que são os maiores relatos das mães, as maiores preocupações, incertezas que elas têm? Olivia Tani – Olha, o maior, a maior dor, sem sombra de dúvidas, é quando o filho não dorme. Porque ela se sente totalmente incapaz, ela segue um monte de dicas, mas não dá certo. Ela já está exausta em todos os níveis. Paulo “PC” Crepaldi – Ela já assistiu todos os vídeos de YouTube, já leu todas as dicas nos blogs, ela já tentou de tudo. Olivia Tani – É assim que eu chego e recebo as mães, desesperadas porque os filhos não dormem e porque isso afeta demais na qualidade da família. Casamentos acabam por causa disso, por causa da criança que não dorme. Essa é a maior dificuldade sem sombra de dúvidas. E normalmente não, né. Então a gente atua cuidando dessa parte que ainda não foi cuidada, e por isso os resultados diferentes vem. Agora, fora a questão do sono, outra coisa que tira muito o sono das mães é quando o bebê ou a criança não come bem, ela entra em lugares de culpa muito grande, de impotência. Fora isso ela tem a preocupação, por exemplo, preciso voltar a trabalhar e aí como você parar, desse meu filho que ainda é tão pequeno e deixar nas mãos de outro cuidador para que eu volte a trabalhar. E são conflitos, são tantos conflitos, né. Quando a mulher está grávida esse pai começa a ficar muito esquisito assim, entre aspas. Aí ele não dá muita atenção para a mulher, começa a sair mais, às vezes começa a beber, fica ausente, aí a mulher fala, meu Deus, cadê aquele homem que falou que queria ser pai junto comigo, né? Mas por quê? Porque ele começa a reviver as experiências intrauterinas dele, com o pai dele. Nesse sentido as memórias intrauterinas atuam a vida inteira. E aí o pai, quando o bebê nasce, muitas vezes o pai vai embora. E aí nem aquele pai entende o que está acontecendo com ele. Porque a memória inconsciente é muito forte. E às vezes ele vai embora, às vezes se separa logo quando o bebê nasce, ou esse homem começa a ficar workaholic, trabalhar, trabalhar, trabalhar. Porque são memórias do pai dele quando ele nasceu. E às vezes, no passado as famílias tinham cinco, dez filhos, e o pai não estava ali presente como hoje a gente espera que seja o papel de um pai. Então o pai ia trabalhar para sustentar aquela família. E aí hoje o pai, recém pai também, mergulha no trabalho, deixa a mulher meio em casa, entre aspas, abandonada, porque ele entra na memória de que precisa prover para essa família. Enfim. Paulo “PC” Crepaldi – Olivia Tani, perguntinha. Casa de ferreiro, espeto de pau? Seus filhos dormiram bem? Olivia Tani – Meus filhos não dormiam bem e por isso eu me especializei nisso. Hoje, já faz anos, eles dormem a noite toda sem nenhum problema. Mas foi justamente pela dificuldade da maternidade, quando eu me tornei mãe a primeira vez, que eu comecei a buscar o autoconhecimento, que eu no meu puerpério eu pirei, eu fui para o fundo do meu poço. Apesar de ser um bebê um filho planejado, amado, mas quando nasceu, virou a minha como mulher, o meu casamento, tudo, do avesso. E foi onde eu busquei as terapias para me recompor, e foi ali que eu comecei a trilhar a minha jornada para ajudar as mães hoje. Paulo “PC” Crepaldi – Sim, perfeito. Olivia Tani, dica para os pais que estão nos ouvindo aqui, o que eles podem aplicar hoje, agora, para ajudar a melhorar essa relação e criar melhores memórias, criar uma organização, um sono reparador? Que dica você daria? Olivia Tani – Em primeiro lugar, entendendo que a mãe ela tem forte influência no filho, e mesmo que não seja bebê, nos primeiros anos ali continua muito entrelaçado com a mãe, precisa proteger essa mãe de estresse desnecessário. Então picuinhas, ah, ela está, tem um boleto atrasado, não precisa levar isso para a mãe porque ela é o universo desse filho. Então nesse sentido deixa então para uma outra pessoa cuidar dessas coisas do dia a dia para que ela possa estar emocionalmente amparada, para que o filho esteja emocionalmente calmo e consiga dormir, e assim toda a família vai se beneficiar. Então esse é um primeiro ponto. A mulher que ela está, por exemplo, numa depressão pós-parto, ela precisa buscar ajuda. E nesse sentido a família tem que atuar incentivando para que ela busque ajuda, porque isso vai ter impacto no bebê para a vida toda. Então isso é urgente. Outro ponto é que o bebê, o sistema nervoso do bebê ele é muito mais lento que o de um adulto. Então se no entorno dele tem adultos ansiosos, agitados, hoje em dia é mais comum home office, e aí está lá a mulher às vezes trabalhando em casa, às vezes o pai também está trabalhando em casa, só que o pai tem reunião, tem um monte de coisa, está estressado, isso vai interferir no sono do bebê. Então é importante que o homem também cuide do seu estado emocional. É mais difícil os homens buscarem esse tipo de ajuda, mas é importante se quer que o bebê fique mais tranquilo, que a criança esteja menos agitada. Isso independe da idade. A outra coisa que, como o bebê ele funciona de uma forma muito mais lenta, é como se ele visse o mundo em câmera lenta. Por isso todas as transições para o bebê têm que ser lentas e explicadas. Então, agora vamos trocar o bebê porque ele vai tomar banho. Aí a mãe começa, vamos tirar, vamos preparar, não sei o que, aquilo vai sobrecarregando o bebê que ele fica assim. Então precisa explicar, olha, agora nós vamos tomar um banho, a mamãe vai tirar a sua roupinha, estamos indo para o banheiro. Olha, sente a água. Aqui você está seguro, está protegido. Agora vamos fazer isso, vamos sair para passear. Tem que explicar as coisas para o bebê. Paulo “PC” Crepaldi – Conversa. É isso, conversa com o bebê? Olivia Tani – Porque o bebê é um ser humano e ele entende. Converse com o bebê, explique, e diminua o ritmo. Então isso já vai ajudar bastante. E a outra é que eu não posso deixar de indicar, é que busque uma terapeuta holística materno-infantil. Porque a memória intrauterina ela não desaparece com o tempo, ela vai atuar sempre. Paulo “PC” Crepaldi – Agora Olivia Tani, então se as pessoas querem procurar a Olivia Tani Tani, que estão nos ouvindo agora, onde que ela encontra? Instagram? Como que ela faz? Tem um site? Dá agora seus arrobas, o seu profile aí para as pessoas que querem te encontrar. Olivia Tani – Bom, o lugar mais fácil é no Instagram, que é o @olivia_tani. Paulo “PC” Crepaldi – Perfeito. Olivia Tani – No YouTube é Olivia Tani Tani, tem o meu canal. Mas onde eu estou mais ativa, onde eu mais interajo é realmente hoje no Instagram. Paulo “PC” Crepaldi – Está bom, então eu vou deixar aqui na descrição do episódio todos esses links para as pessoas que querem te procurar. Olivia Tani, a gente tem um quadro aqui no Via Oral que a gente quer conhecer as pessoas do lado pessoal mesmo, do lado diferente dela. Qual foi a última vez que você fez alguma coisa pela primeira vez? Olivia Tani – Olha, faz pouco tempo eu fui fazer pela primeira vez uma aula de ioga. E eu sempre achei que fosse uma coisa chata. Não era pra mim, mas eu me surpreendi, resolvi me dar essa chance e eu me surpreendi porque o nível de consciência corporal, a respiração, o nível de relaxamento era algo que realmente eu estava precisando. Então eu me dei esse presente e agora estou adepta. Paulo “PC” Crepaldi – Legal, que quem nunca fez , o que você falaria para as pessoas? Porque às vezes a pessoa teve assim, pô, eu não sou elástico o suficiente, não vou saber plantar bananeira, etc. Não tem nada disso, né, Olivia Tani? Olivia Tani – Não, não tem nada disso. Eu também não sou nada disso não, flexibilidade zero. Mas é a questão de você tomar consciência do seu corpo, como ele funciona, como a gente, a nossa mente consegue controlar para levar imposições que a gente nem sabia que o nosso corpo podia fazer. Entendeu? Então eu recomendo, vai conhecer, eu fui de curiosa e curti muito. Paulo “PC” Crepaldi – Qual é a coisa mais interessante que você viu ou leu nos últimos dez dias, Tani, o que você recomenda pra gente? Olivia Tani – Olha, o que eu ando recebendo muito, que as minhas seguidoras me mandam, é uma matéria que saiu falando sobre o útero artificial, que saiu até uma matéria de capa na revista ali. Isso ao mesmo tempo que é interessante assim, para mim é extremamente preocupante. É extremamente preocupante porque foge totalmente da concepção humana. E aí eu fico meio me perguntando até que ponto que a ciência vai interferir em algo que é divino. Porque, enfim, é extremamente complexo. Mas como está rolando muito desse assunto, eu venho recebendo, foi o que mais me impactou recentemente. Paulo “PC” Crepaldi – Estou vendo aqui, joguei até no Google porque, pra ver, e vi aqui que tem matéria na Exame, matéria na Editora Abril, na Isto É Dinheiro. Então só você digitar útero artificial, tem um monte de coisa aqui já no Google, né. Bom gente, hoje eu conversei com a Olivia Tani Tani, ela que é terapeuta holística materno-infantil. Olivia Tani, quero agradecer muito, obrigado por esse bate-papo, obrigado por estar aqui com a gente no Via Oral. Olivia Tani – Eu que agradeço a oportunidade. Fico muito feliz de falar um pouquinho sobre esse trabalho. Gratidão a todos vocês. Paulo “PC” Crepaldi – É isso aí, gente. Esse foi mais um episódio do Via Oral e eu fui.
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HostEnamorado pelo comportamento humano, emoções e uma boa cerveja IPA, Behavior Designer por natureza, mais de 10 anos atuando na Indústria Farmacêutica. Categorias
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